.....(Era uma vez uma casa branca nas dunas, voltada para o mar. Tinha uma porta,
sete janelas e uma varanda de madeira pintada de verde. Em roda da casa havia
um jardim de areia onde cresciam lírios brancos e uma planta que dava flores
brancas, amarelas e roxas.
Nessa casa morava um rapazito que passava os dias a brincar na praia.
Era uma praia muito grande e quase deserta onde havia rochedos maravilhosos.
Mas durante a maré alta os rochedos estavam cobertos de água. Só se viam as
ondas que vinham crescendo do longe até quebrarem na areia com barulho de
palmas. Mas na maré vazia as rochas apareciam cobertas de limo, de búzios, de
anémonas, de lapas, de algas e de ouriços. Havia poças de água, rios, caminhos,
grutas, arcos, cascatas. Havia pedras de todas as cores e feitios, pequeninas e
macias, polidas pelas ondas. E a água do mar era transparente e fria. Às vezes
passava um peixe, mas tão rápido que mal se via. Dizia-se «Vai ali um peixe» e
já não se via nada. Mas as vinagreiras passavam devagar, majestosamente,
abrindo e fechando o seu manto roxo. E os caranguejos corriam por todos os
lados com uma cara furiosa e um ar muito apressado)....
Gostei das fotografias e das associações com os diversos textos. Keep on working mammy
ResponderEliminarlê serrador
Estou c/a Lê:) e já não é a primeira vez que aqui o realço! É fantástica a associação que a MHelena consegue sempre fazer entre imagem e poesia... ficamos sempre c/água na boca e vontade de mais e mais!!! Por isso... keep on working my dear ´Titi´:)
ResponderEliminarIA
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ResponderEliminarPartilho a mesma opinião dos comentadores anteriores.
ResponderEliminar:)
É sempre um prazer ler Sophia.
Bem Haja!
LENAOTTO-28/10)2011
ResponderEliminarDepois de ter lido com muita atenção, acho que tens toda a razão quando publicas Sophia de Mello Breyner. Só agora, por tua causa,comecei a apreciá-la. Mais uma coisa que tenho que te agradecer com as tuas publicações. Confesso a minha ignorância perante essa grande senhora e escritora, que de tão boa, acabou por receber um prémio póstumo em Espanha, que foi entregue ao filho, pelas mãos do principe das Astúrias.
Ainda bem Lena Otto que contribuí para que começasses a apreciar "SOPHIA" ----fico orgulhosa! SOPHIA merece a nossa admiração pois é uma escritora sensível, sonhadora e maravilhosa!
ResponderEliminarFoi pena o prémio ser póstumo!...
Beijinho Lena Monteiro
Soube bem reler Sophia.
ResponderEliminarApeteceu-me S. Martinho, melhor apeteceu-me Salir na baixa-mar e apanhar caranguejos, não possantes, com cara de maus, mas minúsculos, pequeninos, afectuosos, como havia quando eu era menina.
Tem razão Isabel é um prazer enorme reler Sophia e associar as nossas vivências de meninas às suas descrições tão reais....
ResponderEliminarObrigada pela sua visitinha
Beijinho MHelena
Lena, é sempre com prazer que vejo a tua gavetinha e aqui, com o lindo texto da grande Sofia e com as fotos da tua tão querida Galé, mais uma vez demonstras a tua sensibilidade por tudo quanto é belo.
ResponderEliminarTambem me lembro do "Catitinha" e como vai longe esse tempo......
Beijinhos da Narita
Adorei o texto avó, fez me lembrar aquelas tardes na galé quando regressávamos a casa de um longo dia de praia e apreciávamos as cores e os sons da natureza! um grande beijinho da tua neta Marta
ResponderEliminarSim Marta e quando chegávamos ao choupo junto da casa da Odette e sentíamos aquele barulhinho das folhinhas a tremelicarem, tinhamos sempre essas conversas sobre a beleza da NATUREZA; falávamos muitas vezes da SOFHIA M. Andrade!...
ResponderEliminarLindas recordações desses doces anos; sempre que lá passo, agora sózinha, lembro-me sempre de ti e da nossa cumplicidade! Fico feliz por te lembrares também...
Obrigada Marta!
Beijinho da AVÓ LENITA
Obrigada Narita pelas tuas palavras tão amáveis; é com muito prazer que vejo as tuas visitinahas e leio os teus comentários AMIGOS.
ResponderEliminarBeijinho Lena Monteiro
Sophia está sempre connosco, no coração, no ar, no branco das casas junto ao MAR e sempre, sempre no MAR ! Comigo, mora cá sempre. É helénica e natural esta pertença ao mar e ao vento. Gosto, cada vez mais de abrir esta tua "gaveta" e fico contente por ver que já retomaste o ofício de "estar por aqui". Beijos e continua.
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