domingo, 23 de setembro de 2012

Poema ao Mar .... Sophia: Mello Breyner Andersen

Sophia de Mello Breyner Andresen---- Porque os outros se mascaram mas tu não--- Porque os outros usam a virtude --- Para comprar o que não tem perdão. --- Porque os outros têm medo mas tu não. --- Porque os outros são os túmulos caiados--- --- --- Onde germina calada a podridão.--- Porque os outros se calam mas tu não.--- --- --- Porque os outros se compram e se vendem--- E os seus gestos dão sempre dividendo.--- Porque os outros são hábeis mas tu não.--- --- --- Porque os outros vão à sombra dos abrigos--- E tu vais de mãos dadas com os perigos.--- Porque os outros calculam mas tu não.--- --- --- A hora da partida soa quando --- Escurece o jardim e o vento passa, --- Estala o chão e as portas batem, quando --- A noite cada nó em si deslaça. --- ------------------------ A hora da partida soa quando --- as árvores parecem inspiradas --- Como se tudo nelas germinasse. --- ----------------------- Soa quando no fundo dos espelhos --- Me é estranha e longínqua a minha face --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Peço desculpa mas o poema não ficou configurado com deveria ter ficado!:( :( :(--------------------não dá para compreender a razão---:(

1 comentário:

  1. Não há que pedir desculpa, o mais importante não é a casca do fruto, i.e., a poesia e a mensagem chegaram ao seu destino e intactas.
    :)

    Bem haja!

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