quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

POEMA sobre O MAR

Chora no ritmo do meu sangue, o Mar.
Na praia, de bruços,
fico sonhando, fico-me escutando
o que em mim sonha e lembra e chora alguém;
e oiço nesta alma minha
um longínquo rumor de ladainha,
e soluços,
de além...

Chora no ritmo do meu sangue, o Mar.

São meus Avós rezando,
que andaram navegando e que se foram,
olhando todos os céus;
são eles que em mim choram
seu fundo e longo adeus,
e rezam na ânsia crua dos naufrágios;
choram de longe em mim, e eu oiço-os bem,
choram ao longe em mim sinas, presságios,
de além, de além...

Chora no ritmo do meu sangue, o Mar.

(......................................)

AFONSO LOPES VIEIRA

3 comentários:

  1. Lindo mar. Que realidade tão presente na minha vida, já que vivo mesmo em frente ao mar, com uma visra soberba que me deixa vislumbrar uma vista encantadora até ao farol de Sines, que parece tão distante, mas está tão perto. Em dias de visibilidade vejo as areias da Comporta que ´são um extase. Lenaotto........27/22011

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  2. Olá Lena:

    Mas que maravilha!!!.....
    Não sabia que tinhas uma vista tão surpreendente e tão fabulosa...que bom poder apreciá-la no teu dia a dia...e ter o MAR frente a tua casa...

    Fico feliz por ti.
    Beijinho Lena Monteiro

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  3. Pois é verdade. A vista da qual eu ufufruo, é qualquer coisa de surprrendente. Não calculas, pois eu consigo olhar para o mar até ao infinito. Dá a sensação que estamos a fazer uma viagem num navio de cruzeiro. Tenho amigos, que no tempo do meu marido, aos fins de semana vinham cá a casa por causa do mar. Lenaotto---28/2/2o11

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