Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!
Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...
Florbela Espanca
Como eu gosto de Ler Florbela Espanca minha conterrânea...Tão doce o seu pesar...olha as mãos e sente-as vazias...A grande Poetisa que cantou o amor ...a triteza...a solidão.
ResponderEliminarObrigada por nos dar um poema muito lindo...
Beijinho e tudo de bom para si e para a sua família.
Ana Carita.